9.5.11

apenas, não chega a ser mais

 o craveiro já cantado
deu a volta,
voltou e não gostou!

 onde era feliz permaneceu
e quando a morte perpassou,
nem tremeu!

 ri-se da fadista,
pintada de vermelho
sente-se ilusionista,
por ser o primeiro!

 tenta chorar a desilusão,
não consegue nem berrar
e vai criando a confusão: 

     - sai da rua, que não é tua!
     - eu cheguei aqui antes de ti!
     - eu conheço o dono que agora ficou sem o abono!
     - não tenho a culpa, e não peço desculpa!
     - bem que podia ser melhor!
     - a televisão só mostra o pior!
     - vou parar com o devaneio!
     - fazes bem... ainda nos tiram o centeio!