pobre coitada da rapariga..
hoje tenta escapar-se ao seu próprio fugidio..
escapa da sua existência
da sua tentativa de cortesia
da cortês vida mascarada
que lhe passa à volta
e que a rodeia sem rodeios
que lhe ronda de todos os meios
de resistir aos receios
que lhe perpetuam na demanda
do encontro da tal existência
que a faz corar, e chorar e berrar
e depois volta a arrebatar
o seu choro e o seu grito espantoso
que espanta o malfadado destino
arrebatado pelo rubro na sua face
espantosa a safadez que arrebita
aos olhos de quem não vê
mas que continua na jornada
da insensatez
e desta vez,
da malvadez..
pobre coitada da rapariga
tudo o que não vê
não pensa nem reage..
continua na jornada da
malvadez