são essas as palavras que dizem,
soam vazios os que as proferem
chegam-me tarde
enquanto não oiço o verdadeiro grito,
do que já foi por todos dito
quero o remédio da boa sorte
para os que já a têm
valem mais que os que nunca pensaram em gritar.
que gritem até rebentar
envelheçam até perder a voz.
que agora lhes dá corpo,
corpos esses nuamente amontoados
que em cem anos se liberta
da velhice dos próprios tempos
caiam até que não segurem a sua alma corpórea
quebrantem as veias que o sangue já não passam
(que nunca quis passar).