o gato foge e nós também.
mas o gato foge na mesma terra,
quando vive ao pé da serra
e dos ares que lhe convém.
pasmamos soberbos
à natureza que nos é estranha.
deixamos às noites
ver a fera e a sua façanha.
criamos, pois
métodos de visão nocturna...
umas maquinarias antigas
de sons que o bicho
pode reconhecer.
humanamente,
tiramos a natureza ao gato...
certamente.
que ele se deixe levar
pela sua pose,
permanentemente,
onde imperam
os nomes dos
vassalos.
Verdadeiramente,
francamente.
Ele que se deixe fugir,
que nós tentamos
e daqui destas serras não saímos,
vendas de terras para cumprir.
umas luzes ofuscantes que se perpetuam
e que reflectem o mau uso
de energias
(verdadeiramente,
quando podia estar escuro
para ver somente
olhares de gatos
que reflectem
eternamente
ares de quem tem natureza)
Ideais para encerrar
e fendas para lacrar.