ainda tenho em mente as últimas palavras que li e o único pesar que tenho é não regressar ao que escrevi.
tinha em mente vocábulos de contornos à luz do dia e contornava as ruas como se lhes conhecesse o nascimento. os relógios e os seus ponteiros avançavam com a sua normalidade e eu sabia fazer o uso do tempo que não me tombava. também conseguia fazer dos ouvidos surdos o sucumbir da mudez e criar a paisagem poética de movimentos uniformes na chegada. a visão era o despoletar de outros vocábulos na dialéctica do fresco que se lia.
ainda tenho em mente as últimas palavras que escrevi e o único pesar que tenho é não regressar ao que li.