Ainda agora tiro um bocado de algodão
da cara
Só para não mostrar as coisas
feias
Três pedaços de carne ensanguentados
Alimentam agora uma poesia que
foge a si mesma.
Tudo isto era mais rápido e
furioso, inicialmente
Dois murros na cama, os bichos
movem-se noutras casas
Abafam só os sons exteriores
Porque os gritos que gritei,
esses foram só meus
Bem que os podia ter alimentado,
um a um,
A todos os que vissem ou nesta
hora vagueassem
Pergunto eu depois,
Máquinas não fundamentadas,
viagens despertas
Que frente a frente é este,
Mas como nem sou destas coisas
Vou antes para um outro lado
Fujo agora e sempre das frentes
Para quê? Para quê?
Nem as escadas já com degraus soltos nos ouvem
Sou eu, devo ser só eu.
Sem lhes dirigir os acordes tão
belos, mas tão belos
Sim, em afirmação e flutuação,
sem vibrato até.
As moedas caem sem árias que lhes
sirva
Já também fujo do canto se dele só
me lembram
Rasgões de pele e manhãs enoitecidas
Como eramos nós antes do depois
A pergunta final na ponta dos
dedos salvos
E eu só volto a dar murros num colchão
Quando perceber que já nem
consigo
Esbofetear o raio de um espelho
A mania dos cobardes no esquivo
do sangue eterno
Só paredes embranquecidas,
Simbolistas até como os cantos
das manhãs,
há falta de espelhos
há falta do arrepio pela flutuação
e depois destes dias, longínquos
porquê quebrar as manhãs
com flutuações em espaços errados?
nem todas as salas são câmaras
e os meus compassos são ouvidos
um,
dois,
três,
carne revolvida,
um,
dois,
três,
carne rasgada
um,
dois,
três
quatro,
grito em eco de escala completa.
depois o fim
como se sempre o tivesse
pretendido.
As horas até passam
E as exaltações são exalações de
intermédios
à espera do fim,
que depois,
esse não o vejo
não me vêem
como ao recolher obrigatório,
a solução desvio final