os meus lábios tintos
a encher o dia iluminado do teu corpo
ao pintá-lo ainda com o teu nome
entre dedos incertos de plumas
e fragmentos da pele
nas pedras duras pedras puras das serras
numa oração do silêncio contínuo
e depois,
não querer fugir,
esperar enfim o caos
se qualquer outra palavra seria demais
e porque escolhemos a noite
como horizonte