Diz-me onde fica essa sabedoria,
na lua que me disseste não procurei
tudo o que dirás não saberei
deixa-te para trás, também não quero saber
para rapazes pintados de negro,
haja força na língua humedecida de ódio
onde passa o vento na lua,
é teu amigo o desalento
tocas nas cobras que são feras
cantam em uníssono o teu nome
cobrem-te o corpo com olhares de escárnio
levam-te ao céu desse tal ódio
das más traduções que o animal faz,
fica a besta humana ofendida
ódios, luas e escárnio
conjugados nessas cantorias
oferecem rosas aos que os acompanham
olham por dentro
com prazeres de besta para animal
queixam-se depois as correias
presas às feras
onde nada prendem senão o espírito dos falidos
é assim que se consome e bebe o que nos é dado.