17.3.13

dormem...

São rodopios que ficam no mesmo lugar e que exaltam os mais fracos que a vida não querem.
Adormecem ao som de violinos saudosamente tocados pelos homens das lágrimas,
Pesam-lhes os ombros pelo carregar da sua morte caminhada.

Os outros, restos e comuns imortais dormem novamente;
passam pensamentos sombrios de quem passa a noite preso em bares de esquina
que escondem o vazio dos que estão perdidos.

Vagueiam pela chuva; observam as janelas que lhes levam à vida.
Entram nas portas que os levam à morte.
Que vagueiam pela rua dos que lá não passam,
atormentados pela luz do dia que na noite caiu.

Já velhos e cansados perdem-se por essas ruas já cheias. 
Adormecem e andam pela calçada, 
levados pelo calor dos que ali passam,
acompanhados pelo frio dos seus pensamentos. 

São vivos, são cruéis. 
Eles que se escondem nesta eras de menor avidez. 
Nestes novos rodopios que sempre nos mentem. 
Que mentem à nossa mente.