Soube a verdade de quem nunca o ensinou.
Vacilou quando não era dele a razão,
por mais que tentasse definir as árvores
que ia vendo na sua memória.
Já tinham sido desfolhadas,
já tinham sido cortadas.
Ainda que quisessem viver,
não sabiam como existir.
Nesses caminhos de terra
que o levavam adentro
das florestas separadas do Sol.
Ah, era meu o querer.
Ah, era meu o apressar de viver.
Ainda que fosse nosso o respirar;
nos caminhos adentro cheios de ar
(ainda mais adentro).
Encheu o que estava vazio,
a água voltou, mesmo que o Sol quisesse secar.
No Sol que era para nós.
Já tinha de todos para perdurar.
Andou e correu em procura de respostas semelhantes.
Aquelas que nunca conseguiria encontrar.
Tentou recordar, de novo, aquelas memórias.
Se eram do saber, não sabia.
Se eram do pensar, não pensava.
Somente sabia que o eram.
Ali entrava o Sol,
ali secavam as pedras,
ali a água, um dia, quase secou.
Soube mais tarde que a terra sucumbiu.
Soube mais tarde que a floresta de outros tempos estava seca.
Por mais que quisesse fugir, apenas caminhava para a ilusão
(de outros tempos).