A vida é grande quando se sonha aquilo que já se foi.
Por ora, são apenas os sonhos que evolvem.
O ser humano fica entretanto estagnado,
cheio de fome do que sonhou,
porque não existiu ninguém que tivesse sido
o que quis ser.
(remói a mente, lá isso é evidente)
Sonha uma vez mais enquanto leva a vida sozinho,
escapa-se novamente nesses sonhos escondidos
que vão rodeando o corpo,
aqueles que em nada apelam à unificação.
Ficam os sonhos para trás, pois.
Porque nada cá fora se esconde
a não ser o que deveria ficar submerso.
É nesse mar de sonhos que os próprios sonhos se libertam,
vivendo alternadamente.
Ora de noite,
ora de dia... na nossa mente.
Sonham-se sonhos tristes e contentes,
o que está nas profundezas da consciência, certamente.
Reavivam-se as memórias, já conscientemente.
O que deveria, não se escondeu.
O que ficou para viver, não morreu.
Não foi por isso que o ser humano não sofreu.
Porque nessa luta de sonhos se deixou ficar,
sem nunca ter conseguido o seu lugar.