1.4.13

estradas (noturnas)

Vão-se os tempos,
Em momentos, 
Quando não se pára no caminho
Que nos leva ao topo do nada
(fomentado, não fundamentado)

Postumamente soube-se que estava privada
do sono que a fazia cair...
Ainda que desse sonho quisesse sair,
Não tinha por onde fugir.

Dividem-me em falsidades concretas,
Em verdades abstractas.
Em nuvens repletas
de conceitos não exactos

Sei depois que me desvio da estrada,
já que ando, 
(erradamente)
Abre-se depois uma fenda na caminhada,
com as palavras,
e delas o nada.
não é de pés atados que o fumo ali se esvai.