Em toda a arte há um vazio por cumprir.
Nesse espaço cumpre-se o que falta.
Enquanto o Homem se urge a si próprio pelo que lhe faltará.
E somente a ele que passa a tinta pela folha; o som pelo instrumento.
(vivas redundâncias).
É nesse espaço que se une o que é mestre:
Nesse tempo onde tudo se encontra.
Encontrar-nos-emos após a obra-de-arte?
Saberemos nós onde procurar depois de tudo ter sido libertado?
Se é belo; se já foi feito então porque se perdeu para os que lá estiveram?
Foi para longe.
Foi para tão perto que não conseguimos tocar.
Será certo ainda esperar pelo que nos conserva sãos?
Será certo ainda esquecer o que nos leva daqui?
Será certo esquecer o que é errado?
(Ainda que fraco seja o que aqui nos prende?)
Perguntas estas que serão erradas, pensando assim?