Olhos que dizem,
mãos que percorrem estradas,
palavras que se cortam
(não ditas, ainda que pensadas).
São em vão,
tristezas que escorrem paredes brancas,
avermelhadas com os tempos.
Vão.
Dizem o que está no pano do palco
para serem aplaudidos.
Cascatas de aplausos
para os que dali não saem.
Encurralados pelas suas máscaras
que querem dizer sim e dizem não.
São depois memórias vãs.
Fracas com o passar do tempo.
Desenhos mal feitos e acabados;
feitos sem o esplendor das presenças fortes.
Tudo o que se apaga,
fica preso no que foi.
Alongam-se visões turvas da escassez do tempo.
Quando se acaba o que não foi começado
(eras...)
paredes que depois caem,
colapsam com relevâncias interiores.
Não que fossem velhas,
apenas faltou a força para as levantar.