a máquina caiu ao chão -
começo do dia:
que máquina foi essa que não eu?
já nem sei fingir
anda, anda por aí
quando se sabe que meter os pés no chão é cair
(
abalos,
enterram palavras
como quem
vende
jornais...
já foram mais,
ainda assim
)
delibera, pois
nesses confins
em que não se vê luz
máquinas trabalham
sustos! sustos! sustos!
não quero isto assim!
joga hoje
para derrotas futuras.
as máscaras não escondem
o que está fora do vazio
se é que algo fica,
depois deste frio
em Lisboa -
o amanhã -
para voltar ao que
não te deixa andar.
cai novamente,
insistentemente
movimentos
que depois ficam presos
nos fios que nos levam
a ficar
a permanecer
onde sempre estivemos.
(como assim,
ainda ontem,
me equilibrei
sem cair?)