13.7.13

enfermo eterno

as rédeas agora a tornarem-se curtas
para poderem resfriar as tardes de pouco sol
enquanto chamam pelos nomes repetidos
já sem saberem de que nomes se tratam
aos melancólicos de cenários anuais

assim os rios, assim os tejos
em nomes que se perdem
ao acabarmos todos chamados 
em feições que não nos são legíveis
e nomes que não são nossos,
apenas um grito 
em que se apela a uma certeza que não é nossa. 

a imaturidade de não ler as palavras que não são nossas, 
assim as letras, assim os instrumentos por tocar
ali a cidade em crescendo para quem não vê
e eu encostada aos ventos pergunto porquê
se há que reconfortar, criamos o inventar
para trazer as cores que no escuro ficam esquecidas. 

a efemeridade da comoção trouxe perto
os nomes repetidos às margens que nos circundam
assim, vemos repetidos os feitos por pessoas distantes
iguais,
com os mesmos nomes, 
em alienações próprias desta vez à margem
do que sempre esconderam ser.