14.7.13

ir para ficar

pensemos no regresso dos moribundos
para dizermos que os que não têm casa
se enchem de nobrezas pelos que esperam
pelas divindades anuais.

os que optam por não se demarcar
ao encontro de outras mistificações
onde não renovam  
as metáforas em outras línguas
talvez se percam pelas
vagas naturezas já de si dadas
e não temam pelas vagas de
calores abstractos
e que se percam nas montanhas
da cidade
para se  perderem de novo 
em planos mais planos
aplanados pelos acessos repentinos
das tardes ou das noites pelos parques
onde andam em equilíbrios divinos.

escondem as fraquezas 
de não conseguir respirar 
para se enaltecerem em 
atenções redobradas 
aos que temem 
pelas palavras sussurradas 
que se escondem das visões terrenas.