se eu aqui ficasse (não sei onde)
e todas as acções fizesse (não sei quais)
voltaria a não me lembrar (onde estava e o que fazia)
de quem atormentava (não digo quem).
assim se enchem as palavras,
entre parênteses, com tentos enormes.
assim se escrevem em vão
as letras que ditam maior contradição
do corpo e do retorno.
no lugar dos espaços
dá-se a sólida voz ao medo.
levantam-se as hostes
das pedras nas convulsões das falas.
dispersa-se a vastidão dos pedidos
cheios de um vazio enorme
de quem somente espera
a mudança de estação
onde se une
o que tanto se desata.
antes, depois (não me lembro quando)