já não sei o que quero
a esta hora que acaba no chão
e tudo o que faço em vão
quando acaba tudo nas palavras
palavras mortas,
palavras de poetas que nunca morrem.
as ruas de um só caminho e a ponte.
a quem pertence o tempo
e o que faz esse com o vento
parado em montes visíveis.
são rios e estradas nos vales.
as ruas de um só caminho e a ponte.
palavras em surdina para os seus contornos
abafam-se assim também os tempos.
não se cala tudo o que resta
quando se levantam significados
em lugares a visitar.
ainda que se escondam as vestes
de quem cria os mitos.
as ruas de um só caminho e a ponte.
as espadas que se quebram, por fim.
já sei...