4.8.13

saudações

odes aos espaços interrompidos:

as influências nem sempre são feitas de leituras. 
compreendem-se as parafernálias que se acomodam
às idades que se resumem a atiçamentos sóbrios.
o espaço é mero romanticismo,
tem mais força o mito que intenta a verdade
do que a verdade que intenta a realidade. 

assim melhor.
assim pior... 
os verbos mal começados para ficarem pendentes
entre portas que se abrem novamente
(alguma vez fecharam?)

escreve-se agora sobre a mesa com pouca luz.
vejo melhor assim...
plano traçado com louvores de quem é perspicaz. 
plano melhorado em xadrez de acutilâncias.

vasto o respirar de quem agora observa
as comparações entre poetas de outros séculos
que nunca li. 
torna-se na violência da diferença ocupada 
pela réstia do eco dos quartos agora vazios. 

protegida então a saudação 
renovada a inerte reputação. 
inestimável a comparação remanescente 
que pouco saúda as pontes. 
os escassos versos que se alicerçam 
em ideias imponentes enquanto [...]
edificam as palavras escondidas.
ficam governadas somente na mente
de quem as mente.