odes aos espaços interrompidos:
as influências nem sempre são feitas de leituras.
compreendem-se as parafernálias que se acomodam
às idades que se resumem a atiçamentos sóbrios.
o espaço é mero romanticismo,
tem mais força o mito que intenta a verdade
do que a verdade que intenta a realidade.
assim melhor.
assim pior...
os verbos mal começados para ficarem pendentes
entre portas que se abrem novamente
(alguma vez fecharam?)
escreve-se agora sobre a mesa com pouca luz.
vejo melhor assim...
plano traçado com louvores de quem é perspicaz.
plano melhorado em xadrez de acutilâncias.
vasto o respirar de quem agora observa
as comparações entre poetas de outros séculos
que nunca li.
torna-se na violência da diferença ocupada
pela réstia do eco dos quartos agora vazios.
protegida então a saudação
renovada a inerte reputação.
inestimável a comparação remanescente
que pouco saúda as pontes.
os escassos versos que se alicerçam
em ideias imponentes enquanto [...]
edificam as palavras escondidas.
ficam governadas somente na mente
de quem as mente.