3.8.13

Cantares libertados

I  

Se eu mesma soubesse que palavras tenho para realmente dizer...
Apenas sei as palavras que [...] tenho e que não [...] digo.
Somente o que quero fazer e não faço.
Tão só o que as pupilas se dilatam em encontros tardios pelas noites fora. 

Só assim, no ecoar das palavras, nos multiplicamos e nos fazemos renascer
enquanto ali ao fundo aquele rio nos acompanha
e o Sol faz tremer o que são as convicções das palavras.

As luzes que tanto estão apagadas dão luz aos pensamentos 
que no vento se esquecem e que de tanto ecoarem 
não recuam aos bancos de jardim. 
Os jardins de um só caminho e a ponte
que se constrói.