30.8.13

base

cria-se tudo hoje para continuar a dança esbatida
no eco das palavras prementes.  
revolta-se tudo amanhã para se perceber 
que tudo isto já deixou de ser um poema,
não denunciando o sufoco das palavras libertas. 
tudo agora é acto e toca levemente
o olhar pensativo e responde-lhe 
com acenos vivos às danças novas. 

E nós que nos fazemos cegos pelas ruas,
pensamos no que deixa de ser poema.