3.9.13

apressam-se as bocas mudas na respiração cortante. não quero assim o olhar, sem ver que o vejo e sem ver que me vê. não sei porquê. sei o tacto pelos dedos recortados na imagem pura de iluminações sensacionistas sem o levar ao corte das peles nas nossas mãos. e sei que se ignoram com as vestes de verão o caminho das palavras que nos fazem. creio que é tudo mundano no pano teátrico da música sem dança. 
esquecemos-nos abundantemente da concretude deste abstracto vendo que afinal é tudo vivamente exacto... 
não se contam assim as mentiras que dizem mais verdade?