15.8.13

dactilográfico

Não sei que nome dar às coisas.
Vejo como é difícil escolher um caminho
E logo de seguida atribuir-lhe uma acção que faça
Ou um pensamento que lhe seja certo.
Já tentei aproximar-me de tudo o que faço,
Dar-lhe um sentido que seja
E que dele resulte uma forma exacta
Que me diga tudo o que é cândido
Enquanto tudo permanece puro
Sem ainda ter o meu sentido sujo.
Há depois o medo de fazer as tempestades
Mais voluptuosas e frias ao toque de cada um   
Mais ásperas e quentes ao toque de cada um
Acabando tudo apenas num retumbante
Sentido de pouca presença e golpes nos sentidos
Quando já desce a noite que não respira
Ou nasce o dia que cega silêncios moventes.