Não sei que nome dar às
coisas.
Vejo como é difícil
escolher um caminho
E logo de seguida
atribuir-lhe uma acção que faça
Ou um pensamento que
lhe seja certo.
Já tentei aproximar-me
de tudo o que faço,
Dar-lhe um sentido que
seja
E que dele resulte uma
forma exacta
Que me diga tudo o que
é cândido
Enquanto tudo permanece
puro
Sem ainda ter o meu
sentido sujo.
Há depois o medo de
fazer as tempestades
Mais voluptuosas e
frias ao toque de cada um
Mais ásperas e quentes
ao toque de cada um
Acabando tudo apenas num
retumbante
Sentido de pouca
presença e golpes nos sentidos
Quando já desce a noite
que não respira
Ou nasce o dia que cega silêncios
moventes.