22.8.13

toponímico

vejo agora a palavra como o gatilho que cria a nova acção.  
pedem-se novas palavras para fazer estremecer o discurso
com as almas em sinergias repletas do que é abstracto. 
a palavra é certa e fácil para o que é abundante na complexidade. 
ocorrem, ao som de velhos lamentos cantados pelas novas gentes, 
os pensamentos repletos no equilíbrio da força que se quer ter. 

há razão para construir com as palavras no seu movimento
arbitrário. 
olham-se as imagens dos movimentos com falta de equilíbrio 
ao cercar-me sem esforço do abismo. 
há ilusão de quedas maiores. 
o discurso é agora mão, tronco
e corpo todo que percorre a espera da razão. 

a criação da linguagem na ponta dos dedos.