9.9.13

recortes de folhas passadas

sei que por momentos os momentos não se fazem. fica escuro e tudo claramente claro na réstia da inércia galopante enquanto se vêem os segundos iguais a si mesmos, constantes em todo o roliço destruído. não se sabem que vocábulos são estes. escrevem-se manifestos às urgências pouco inocentes das realidades pouco afinadas. é isto a tradução pouco concreta, redonda de redundante, das vezes que vês o que se olhou. é todo este espaço que em que se revolvem imensamente e descontroladamente os nevoeiros de nós mesmos. podemos dizer que há uma alvorada que em nós percorre para se fazer ouvir uma manhã cantante. volvemos a casa, sem ser a nossa casa em que moramos. é todo o costume de ter somente o palco de quatro paredes. existem, nevoeiros que certamente são nevoeiros próprios. é depois visível, inacessível, o espaço em nós. vai-se para um lugar sem realmente se ir, não é? prometemos a nós mesmos a sanidade de ver o ébrio em nós sem saber como ser são, assim será? 
a permanência do nevoeiro de vazios.