1.12.13

confissão de Confúcio

disse Confúcio aos seus botões em flor: Qin sou eu para poder ter dito aquilo?
Matei um homem e os que dele nasceriam e nem eu me poderia ter libertado das flores do mal. Que seja inventada uma língua em que a amoral não tenha palavra certa. Chamem-lhe Homem, incansavelmente. Chamem-lhe vida, diariamente. Chamem-lhe moral, incontornavelmente. Chamem-lhe tudo, pontualmente. 
E agora morro eu... é recíproco. E talvez aí tenha a solução do mundo. Tudo se perde e o Homem nem olha à sua transformação e esta é a minha confissão.
Menos é mais e mais é, pelo menos, mais. 
Confúcio deita-se depois e dorme já descansado. A amoral era a sua almofada.