1.1.14

Cheguei um dia a uma das mais antigas tipografias portuguesas e disse – olhe, quero arranjar uma forma de passar isto tudo para o papel, compreende? E ele, senhor astuto, compreendeu e logo de seguida disse: prefere em papel timbrado, papiro ou normal? E eu que nem sabia já dessas coisas saí de lá da loja, entrei num café e pedi um copo de vinho da casa e descansei os ombros pesados destas incertezas. Limpei a boca ao guardanapo e lá escrevi um ou dois tratados e dois poemas que deitei fora assim que precisei de os esconder da polícia que entrava de rompante a pedir papel  [...].