Os pés e a sua corrida não eram
senão a chegada ao mar. E sabíamos que a água vinha e que voltava já para perto
do longe já sem significado para nós mas ainda assim reconhecia no meio da
claridade que nada nos deixava ver a pose magnânima da valsa em que rodopiavam
as nossas mãos. E a brancura de então, já por sítios diferentes, deixava
espelhar os olhares cândidos e as vozes que apenas entoávamos para tentar
chegar a uma tal essência do indizível que deixava sós. Os olhos calaram-se e deixamos
de ouvir as nossas palavras e ao longe sabemos que vem outro mar.