25.1.14

quando na areia uma camada primeva

encontrei os tempos perdidos e dei-lhes a volta com olhares de soslaio sem me aperceber que o depois que agora sou não combate não luta não faz fogo às respirações velhas das praias. 
recomecemos: estávamos numa noite escura e nome nunca o soube; adiantei confidências de que nada esperava ao esperar tudo. e sim, via o fogo mas não o sabia acender porque não era meu mas ainda assim aquecia as mãos naquela chama. adiantemos, o amanhã era já um dia normal e as palavras perdiam o sentido. voltemos antes aos segundos que foram o depois e voltamos atrás revoltamos os eus retraídos e saudamos as velhas vestes negras com a brancura do novo ser com a sua pele branca em libertação de si mesmo. 
no fim, escrevem-se sempre abraços e, se eu sei do que falo, revolto tudo na sempre eterna e mesma volta e apenas revisito tudo em forma de novidade com as garras dos segundos que já passaram quando percorro sempre a forma ulterior de mim já perdida.