28.1.14

E agora escrevia o nome à procura de lhe ver, 
                                                           ao lado de outras palavras, 
não o verso branco 
mas sim o verso limpo e puro 
com a sua brancura 
mas sem nunca ser branco. 

Contava as palavras 
não pelo simples gesto de existirem 
mas pela forma maior como se encaixavam na
na própria forma do poema existir
em libertação 
do não dito e não ouvido
em caminhada para o fim
que era sempre seu. 

E depois havia apenas um contrair
de medos
logo para serem revoltados
e serem sós
já que os versos ganhavam
a vida e o poeta morria
já sem mãos eternas 
com que pudesse salvar
a vida ou a morte
do fim. 
Enfim, fim só.