28.2.14

a

a carne que levantamos do chão
os olhos turvos dos interstícios 
a cristalizar a sensação que somos
dos dias também chãos 

entretanto as horas ou 
o aperaltar comedido 
dos laços por enlaçar 
que se solta e repete
os vícios que somos.

estes a dançar
estes a cair
eu e estes no espaço escuro
a ter que gritar
eu e os outros no tempo sem tempo.
perdido 
tu 
no vento
a ter que me agarrar.