14.2.14

ou a simplificação de três volumes

era eu a esconder-me do que sempre ficava e as ondas sempre na sua vocação para chegarem sempre mais perto de nós e, se fugíamos, era porque a água era demasiado violenta para os passos trôpegos que nos eram. 
e agora, o que já só foge é o tempo mesmo que seja nossa a corrida para o tempo que é nosso. e, no meio de todas as ondas mais altas, já só dou comigo a gritar pelo tempo como se o conhecesse desde sempre e nele (não) acreditasse alguma salvação. dizia já de forma mais cansada e em sussurro que queria ter acompanhado o tempo e ser companheira dele nas voltas calmas que ele dava. 
depois veio o depois. e se as minhas palavras ainda tentam explicar este depois e nada, realmente, digo é porque mais não sei dizer e tenho falta dos vocábulos da corrida eterna.