um murro na mesa se me caem os olhos
de todas as vezes que me econdi da cor
de ouro
para não ter que deixar as mãos presas
entre os olhos depois perdidos
já não meus já idolatrados
e depois desprezados
só por não estarem eternamente presos
à mesa
que todos os dias embrutecemos
e se me caem os olhos,
e se apenas revoltam com o vento
é porque esqueço