29.9.14

Tenho a mesma cara, em frente de um espelho qualquer, e ainda penso que este é o pensamento mais escondido que tenho mas as expressões são sempre as mesmas.
Hoje matei um bicho e nem uma cara de nojo fiz, hoje senti que me dilaceravam o cérebro com a dor mais aguda que sei e nem um som ou sobrancelhas mexi.
Ainda conseguia correr já sem cabelos ou pele ali naquele chão e o o tudo era o nada, sempre assim, e as luzes que me focavam nem me salvavam só violavam ainda o que restava da minha pele já quase morta e eu como sempre nem me importei.
O corte que atrofiava ainda mais a forma até podia ser o nó que se desfaz da corda a que estamos presos mas eu nem me apercebi.