4.9.14

Sem fim,
O fim espera-se a si mesmo.

Mesmo que as horas passem
E os sons se manenham constantes
Anunciando o continuar das coisas
Só o continuar.

As casas abrem-se sem as portas
À espera do anúncio tardio
De que tudo é eternamente fraco

Caso fossem selvagens as formas das nuvens
Numa nova imagem de cores estranhas
Ao céu,
O dia que ainda agora nasceu seria sempre velho
Confinado ao eterno novo
Sendo o novo já velho a cada dia que passa
Porque nunca era o mesmo para nós