queixam-se tanto nesses séculos iluminados
trazem-nos para o futuro, encurralado,
muda-se pois claro tal fonética, herética,
fica escuro o que então foi iluminado
nessas andanças republicanas
morre o homem sedicioso,
farto do seu fado crepuscular,
pois é na escuridão que ali se revela o Homem
sobe alto enquanto não te guardam
morres na subida que os futuros não sobem
torna-se o pináculo da velhice
ouves e bebes o que o jovem disse
pudibundo é o que ficou em baixo
não que o agarrassem, é certo
fica-lhe a vida em baixo,
sobe-lhe a alma com o velho que morre
ali em cima, tão perto
dizem os que virão, cauterizados,
que nasceu ali o novo que matou o velho
numa luta desigual, agora normal
sãos na sua nescidade,
vagos nessa liberdade