uma dose de magnetismos
para os que não se ouvem
falar.
pensamentos
(provavelmente)
que falam mais alto
que o desprezo
dos que ali se prendem
em sombras disformes
do que são.
esses que se libertam,
entram em quartos
sem saberem que são prisões.
revolvem depois de lá estar.
sabendo que está ali
o âmago da fúria
e das ilusões.
planos por cumprir:
deve ser este o caminho,
deve ser por aqui
vê o que deixas para trás
corre de novo
(se ler de novo, apago)
musas de falácias
queixumes de poucos trabalhos
levam ao fundo do que ali está
ao fundo, recupera as margens
abarca o que é profundo
não abarca?
não...
mas ficam marcas,
dos tempos atribulados
que passam
recuperam forças depois
de cantos desafinados
com os tempos,
adormecem.
com os tempos,
esquecem.