o dia hoje acordou já cedo
e apagou todas as letras feitas vivas
ao largo do livro que nasce novo.
este largo já velho já faz nascer
adiantada a certeza
que palavras se apagam
e escombros se levantam
enquanto gritos se elevam
quando ditam os rumos
de caminhos que ainda não conheço.
o caminho ficou preso
na libertação.
tudo foi feito nesse segundo
e criou-se de novo um mundo
que perfaz o âmago tão leve
de ficar acordado
durante noites novas
na sequência de significâncias
presas ao laço já forte.
guardam-se as novas estradas
e já sei que se olham fundos
com segurança íngreme.
completa-se assim junto
o que se perde
no vazio de não correr.