se se começarem a contar todas as histórias pelo seu fim sabe-se apenas que não se sabe o início. conta-se assim o fim (para desentendidos todo o cantar não basta): veio a saber-se que tinha fugido porque não gostava do nome que tinha. correu serra acima e tinha medo de já não saber descer. desceu então porque foi chamando por todos os nomes que lhe uivavam mentalmente e deu por si a não saber que nome concreto chamar, roda viva de inexistências e de incoerências que quase lhe valiam a persistência no cúmulo do não-nome. desceu, como já escrevi. cão sabido perguntou-se como é que tinha conseguido descer. chegou à conclusão que apesar de não se saber sentar e de todos os nomes não lhe serem mas que tantos nomes tinha tido, encontrava a forma de ficar com cada um deles e corria não sentado mas uivando todos os nomes que o enchiam. sortudo que conseguia fazer as duas coisas ao mesmo tempo, nem teve tempo de acordar e chamar todos os que o circundavam para fugirem todos em grupo se matilha não eram e uivarem todos os nomes, entre si, já adormecidos que estavam no cimo da serra.