20.12.13

notas sobre as noites obscuras

trazem-me a privação de sono e eu nem me dou ao trabalho de escrever tratados com páginas maiores que as paredes em que escrevi. fica tudo dito numa só palavra e nem a dimensão que lhe trazemos é explicada porque nem sempre as canetas escrevem a teima que nos percorre o corpo nas casas escuras e repetidas. sim, repetidas. e não é por ser a repetição o antro nosso de dias agora maiores que ferem os escombros renegados com que nos construímos todos os dias. se se é abjecto, que se dignifique a matéria vinculada. ou apenas que se dignifique a vinculação, se existem verbos mal orados às novas gentes que aperaltam no ritmo das garrafas já fechadas. 
fecham-se também as portas. mas tenho a sensação que o sentido é contínuo mesmo quando os chapéus escondem em ritmos eles cardíacos a nossa sorte. 
e se me perguntam o nome apenas respondo, novamente, que não o sei e se eles sabem também a verdade de si mesmos.