24.12.13

paciente C. em homenagem a H.

criaram-me e disseram-me depois de me agarrarem simplesmente nos ombros: assim não vais lá! e eu não fui como bem mandada que era... ainda que soubesse que caminho era aquele ou que páginas escrevia, não as sabia, nunca realmente as soube. apenas continuava, se é que me percebo. mas não sabia bem como continuar se é que me entendo, percebe? olhe que não lhe percebo os mecanismos nem as dimensões, faço por o fazer entender? explique-se melhor e depois não faça como todos nós e perca-se no caminho a caminho do caminho. estamos todos no limiar, já compreendo melhor. olhe ainda assim não me agrada completamente. amanhã acordo com novos anos e nem lhes sei a conta mas sei apenas que não são meus e nem faço por saber. assim me contento sabendo que conquanto é tudo temporário e, pelo que sei, pouco arbitrário.