25.12.13

rapa, põe, tira, deixa

volta tudo ao mesmo e brindamos aos tempos passados e nem sabem eles que saúdam também o presente e que dele se afastam nos precisos instantes que começam o grito das palavras que se ouvem ao longe: "deixa ao vento, ou i ou ai" e "you've got to hide" de blues virados do avesso e já antigos. foi assim que aqui vim e me afasto de tudo o resto e curo a pele já com formas antigas e mais uma vez dela me afasto e cheiro já o fogo ali ao perto e dele me afasto numa última vez. aos tempos que nos demos e aos que nos afastamos e que volto depois em passagens últimas enquanto se prepara a partida, eles eternos e nãos redobrados pelas gentes que nos seguem e que nos perseguem a pele como quem contém um tiro coltiano de 1933. 
tudo é decisão e pomos, tiramos e deixamos. abarca tudo no mesmo pião e eu é que me parto e tudo deixo e tudo o que pus foi já tirado.